O que construímos e para onde vamos

A economia social e solidária faz um contraponto ao sistema capitalista. Enquanto a base do capitalismo se baseia no individualismo, na competitividade, na disputa do maior para se globalizar destruindo menor, no acumulo desenfreado da riqueza, da exploração do ser

humano justificado pelo lucro, a economia social e solidária prega essencialmente o COLETIVO, e este acima de qualquer outro valor, é nele que se baseia a democracia, a distribuição justa dos ganhos, a produção sustentável, o respeito, o fortalecimento das várias

iniciativas. Não cabe a disputa entre uma e outra iniciativa. O coletivo emancipa, torna-nos solidários nas relações e nas atitudes e sobretudo no resultado. O coletivo nos transforma em pessoas melhores, enfrenta as contradições e nos reeduca quanto as atitudes de competição e disputa ainda não superadas.

A grande contradição e antagonismo destas duas formas de fazer a economia acontecer, nos deixa o tempo todo em conflitos profundos. Porque é lógico que não são práticas isoladas, vêm carregadas de uma profunda ideologia. O capitalismo por si só se readapta, e enfrenta seus vários momentos e tenta cooptar todas as iniciativas possíveis de alternativas a ele e com isso, não resiste de toda e qualquer metodologia para impor sua ideologia, seja na educação desde os primeiros anos de vida das crianças, já educou os pais para que reproduzam as praticas de forma natural e resignada ainda por gerações anteriores a nossa. Reproduz nos meios de comunicação. O capitalismo tem história de longa data. O tempo da historia do cooperativismo e da economia solidária é bastante recente em relação ao capitalismo por isso seria injusto apresentar um contra o outro no mesmo patamar de construção.

IV Cumbre cooperativa de las Americas www.aciamericas.coop/