Para além do comum: commons e mercados
Universidad Nacional de General Sarmiento (Los Polvorines). Instituto del Conurbano, Ene.-Jun. 2019 En: Otra economía : revista latinoamericana de economía social y solidaria, Vol. 12, no. 21, p. 3-15
Armando de Melo Lisboa, 2019
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Resumen :
É cada vez mais habitual reivindicar o commons como sustentáculo de um paradigma alternativo de desenvolvimento e de luta política, e não mais como resíduo anacrônico de algo destinado a desaparecer com o avanço da vida moderna. Sem estar restrito aos tradicionais recursos naturais e dádivas da natureza (sol, ar, água), muito menos apenas a os resilientes comuns rurais, o atual revival deste conceito além de incorporar os espaços urbanos comuns, o patrimônio genético e o espectro radioelétrico das telecomunicações, também alavanca crescentemente a luta contra a privatização dos resultados das redes da nova economia do conhecimento, a qual para operar exige liberdade, acesso ao comum e cooperação social autônoma. O crescente entrelaçamento entre commons, mercados e governos indica a conformação de arranjos híbridos entre estes elementos. Todavia, grande parte do pensamento social contemporâneo permanece prisioneiro de tradições que os compartimentalizam em gavetas incompossíveis e enfatizam suas clivagens. O presente texto examina as armadilhas que castram e cegam a compreensão do significado do comum no tempo presente.