Experiências comunitárias e o processo de desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária nas Praias de Batoque e Canto Verde
Caderno Virtual de Turismo, vol. 23, núm. 1, 2023 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil
Viviane Medeiros Costa Fonseca de Almeida, Francisco Fransualdo de Azevedo, Mayara Ferreira de Farias, 2023
Download : PDF (260 KiB)
Resumo :
O objetivo central deste artigo[2] era analisar o Turismo Comunitário praticado na Rede Tucum com o uso do DRP (Diagnóstico Rápido Participativo). Apesar dos conflitos e das dificuldades encontrados na comunidade, turistas e pesquisadores são atraídos à Prainha do Canto Verde e a Batoque pela história de luta e resistência à especulação imobiliária que vem ocorrendo há mais de trinta anos no lugar. A relevância da solidariedade e da economia solidária no turismo não busca contrapor às práticas que já existem, mas se preocupa em revelar suas limitações e mostrar que existem alternativas. O Turismo Comunitário em Canto Verde mostrou-se uma realidade e uma forma encontrada pela população local de resistir ao avanço do capital financeiro e imobiliário, que tem usado de práticas ilegais para se apoderar das valiosas terras litorâneas da população nativa, além de cooptar pequenos grupos internos, enfraquecendo a coletividade, a autogestão e participação social dessas comunidades. Por fim, afirma-se que o Eu Coletivo ainda constitui uma forma concreta de desenvolvimento dessas comunidades por meio do Turismo Comunitário, cuja concretude ficará a cargo de novas e futuras investigações.